4.ª Festa do Jazz (2)
Nem só de acções com alunos viveu esta Festa do Jazz.
Relativamente aos concertos, assitimos a todos os que tiveram lugar na sala principal do São Luiz.
O primeiro deles foi protagonizado por Joana Rios, no seu projecto de homenagem a Ella Fitzgerald.
A cantora foi acompanhada por Bruno Santos (guitarra), Nelson Cascais (contrabaixo), André Sousa Machado (bateria), Pedro Moreira (sax tenor) e Claus Nymark (trombone).
A nós, que já a tínhamos ouvido antes no Onda Jazz, este concerto trouxe pouco ou nada de novo. Talvez o aspecto mais importante é que Joana Rios parece estar mais segura e confiante e ter também encontrado a sua própria forma de estar em palco, pautando-se por uma atitude profissional.
É verdade que quando se fala em homenagear Ella Fitzgerald o público espera à partida um certo revivalismo desta grande voz do jazz, o que não acontece neste projecto a não ser através do repertório. Joana Rios tem o seu estilo próprio e não parece disposta a abdicar dele para se aproximar das características de Fitzgerald. Por outro lado, é nossa opinião que este projecto podia ser mais ambicioso, recorrendo por exemplo a colagens sonoras que evocassem a First Lady of Song. Aí então já estaríamos a falar de acrescentar algo de novo ao que se tem feito e hoje os recursos tecnológicos permitem que tratem os ditos como ferramentas de construção artística.
O projecto que mais curiosidade tínhamos de ouvir ao vivo era porém o TGB, de Sérgio Carolino (tuba), Mário Delgado (guitarra) e Alexandre Frazão (bateria), muito por via da sua formação incomum e pela aura de sucesso que tem coberto este combo.
Estamos aqui em face de três grande instrumentistas, todos eles seriamente comprometidos neste exercício criativo que designaram de TGB pela composição instrumental do grupo.
Com uma sala visivelmente composta por um público mais jovem, que este projecto atrai facilmente, os aplausos não se fizeram rogados e coroaram quanto a nós de forma justa a inovação e a qualidade deste grupo.
Mário Delgado é talvez um dos melhores guitarristas portugueses do momento e não se furta a explorar todas as possibilidades sonoras do seu instrumento, as quais encaixa com bom gosto e precisão milimétrica nos temas.
Vale, pois, a pena ouvir este TGB, que deixou no ouvido uma notável versão do saudoso "Black Dog", dos Led Zeppelin.
Terminámos a noite com o Sexteto de Mário Franco (contrabaixo, baixo eléctrico) com David Binney (sax alto), composto por André Fernandes (guitarra), Jesse Chandler (piano, orgão), João Gomes (sintetizador, fender rhodes, laptop) e João Lencastre (bateria, percussões).
Este é um projecto 100% composto por originais e claramente oposto ao que se faz no jazz dito mainstream. Gostámos, mas não nos motivou por aí além. O ritmo é demasiado acentuado (pouco subtil) e encontra-se numa fronteira já remota ao jazz. Nota positiva sobretudo para o sax de Binney e a guitarra de André Fernandes.
Nem só de acções com alunos viveu esta Festa do Jazz.
Relativamente aos concertos, assitimos a todos os que tiveram lugar na sala principal do São Luiz.
O primeiro deles foi protagonizado por Joana Rios, no seu projecto de homenagem a Ella Fitzgerald.
A cantora foi acompanhada por Bruno Santos (guitarra), Nelson Cascais (contrabaixo), André Sousa Machado (bateria), Pedro Moreira (sax tenor) e Claus Nymark (trombone).
A nós, que já a tínhamos ouvido antes no Onda Jazz, este concerto trouxe pouco ou nada de novo. Talvez o aspecto mais importante é que Joana Rios parece estar mais segura e confiante e ter também encontrado a sua própria forma de estar em palco, pautando-se por uma atitude profissional.
É verdade que quando se fala em homenagear Ella Fitzgerald o público espera à partida um certo revivalismo desta grande voz do jazz, o que não acontece neste projecto a não ser através do repertório. Joana Rios tem o seu estilo próprio e não parece disposta a abdicar dele para se aproximar das características de Fitzgerald. Por outro lado, é nossa opinião que este projecto podia ser mais ambicioso, recorrendo por exemplo a colagens sonoras que evocassem a First Lady of Song. Aí então já estaríamos a falar de acrescentar algo de novo ao que se tem feito e hoje os recursos tecnológicos permitem que tratem os ditos como ferramentas de construção artística.
O projecto que mais curiosidade tínhamos de ouvir ao vivo era porém o TGB, de Sérgio Carolino (tuba), Mário Delgado (guitarra) e Alexandre Frazão (bateria), muito por via da sua formação incomum e pela aura de sucesso que tem coberto este combo.
Estamos aqui em face de três grande instrumentistas, todos eles seriamente comprometidos neste exercício criativo que designaram de TGB pela composição instrumental do grupo.
Com uma sala visivelmente composta por um público mais jovem, que este projecto atrai facilmente, os aplausos não se fizeram rogados e coroaram quanto a nós de forma justa a inovação e a qualidade deste grupo.
Mário Delgado é talvez um dos melhores guitarristas portugueses do momento e não se furta a explorar todas as possibilidades sonoras do seu instrumento, as quais encaixa com bom gosto e precisão milimétrica nos temas.
Vale, pois, a pena ouvir este TGB, que deixou no ouvido uma notável versão do saudoso "Black Dog", dos Led Zeppelin.
Terminámos a noite com o Sexteto de Mário Franco (contrabaixo, baixo eléctrico) com David Binney (sax alto), composto por André Fernandes (guitarra), Jesse Chandler (piano, orgão), João Gomes (sintetizador, fender rhodes, laptop) e João Lencastre (bateria, percussões).
Este é um projecto 100% composto por originais e claramente oposto ao que se faz no jazz dito mainstream. Gostámos, mas não nos motivou por aí além. O ritmo é demasiado acentuado (pouco subtil) e encontra-se numa fronteira já remota ao jazz. Nota positiva sobretudo para o sax de Binney e a guitarra de André Fernandes.
No âmbito dos concertos assistimos ainda, mesmo que de fugida (para não perder a actuação dos combos das escolas), à apresentação de Paula Sousa e Demian Cabaud no Café dos Teatros.
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