Fim de semana quente no Hot
Este fim de semana valeu a pena passar pelo Hot e pelas suas noites quentes, como pude testemunhar na passada sexta-feira.
Foi lá que se apresentou o Septeto do Hot Clube de Portugal, constituído por Pedro Moreira, João Moreira, Claus Nymark, Bruno Santos, Rodrigo Gonçalves, Bernardo Moreira e Bruno Pedroso.
O repertório é do melhor - temas de Wayne Shorter ligados ao seu período nos Jazz Messengers de Art Blakey - e João Moreira, particularmente, está a um nível excelente. Ele faz da secção rítmica o que quer, utiliza plenamente os seus recursos, obriga-a a segui-lo, cria dinâmicas, 'estica' e 'faz vibrar' as notas do trompete.
Presente neste concerto esteve ainda Dulce Pontes, como fiel assistente (não sabia que esta bela voz gostava de jazz). Que debateria ela com Pedro Moreira no intervalo: está a pensar gravar jazz?
Apesar do balanço extremamente positivo, saí contudo pensativo desta sessão: que farão em Portugal músicos com o talento dos meus amigos Moreiras? Este é um tema que tenho de debater com eles em breve. Não se percebe como é que tais talentos estão perfeitamente estrangulados pela dimensão artística e cultural do país.
Definitivamente, o Hot começa a ser mais pequeno do que eles ou eles maiores do que o Hot.
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